Toda área profissional tem um linguajar próprio. São siglas, expressões e até gírias inerentes a uma área técnica ou a um ramo específico. No mundo dos negócios não é diferente. Essas palavras e termos geralmente vem do inglês e são utilizadas de maneira familiar por empreendedores e grandes empresários.
Apesar de alguns desses jargões e nomenclaturas serem bastante parecidos, e muitas vezes gerarem certa confusão, eles se referem a conceitos bastante específicos, o que é o caso dos cargos CEO e CTO, que apesar da similaridade, possuem, cada um deles, uma função bastante distinta e delimitada dentro da empresa. O CEO – Chief Executive Officer, por exemplo, dá nome ao mais alto cargo da empresa. É aquele que é responsável pela estratégia da empresa, pela visão da organização e pelos direcionamentos que o negócio deve tomar. É ele quem está no topo da hierarquia executiva, sendo a ponte entre o operacional e o Conselho Administrativo.
Entre as responsabilidades do CEO estão a gestão de outros executivos e líderes da organização, a criação e disseminação da visão da empresa, a comunicação com acionistas, a elaboração e implementação do plano de ação e a tomada de decisões importantes e estratégicas.
Outra função bastante conhecida é a do CTO – Chief Technical Officer, que é o diretor chefe de tecnologia, responsável por coordenar toda a área de operação técnica e manutenção de Tecnologia da Informação – TI. O foco dele é contratar ferramentas para aumentar a eficiência dos sistemas e realizar a gestão da equipe técnica. O CTO também precisa pensar projetos de produtos digitais. Tudo isso com especial atenção à redução de custos e com foco na otimização de tempo e recursos humanos disponíveis.
Recentemente, a nossa equipe teve a oportunidade de entrevistar Rodrigo Tassinari, CTO da empresa Nuuvem, uma distribuidora brasileira de jogos digitais para os sistemas operacionais Windows, macOS e Linux.
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Rodrigo, que antes da Nuuvem também atuou como CTO da Nexaas, empresa que oferece soluções tecnológicas, explica melhor as atribuições desse cargo:
“O profissional CTO nem precisa ser o cara mais técnico da empresa, mas é o cara que mais vai lidar com as pessoas técnicas, é quem vai ser o responsável pela parte mais humana. Muitas empresas maiores vão ter um CTO e um líder técnico ou um vice-presidente técnico. Ele vai estar mais no dia a dia da parte da tecnologia em si, da linguagem, e o CTO vai ter um papel com a gestão das pessoas.”
Em algumas empresas existe também a figura do CIO – Chief Information Officer, que é o Diretor de Tecnologia da Informação, ele seria uma espécie de ligação entre a estratégia da empresa e o setor de tecnologia. Em alguns casos, ele pode ser confundido com o CTO, mas as atividades são diferentes.
O CIO é o responsável pelo uso correto das informações digitais, assim como por implementar política de dados. Portanto, o foco dele está na elevação do potencial da TI e na administração de recursos, assim como também na instalação de novos sistemas. Já o CTO atua na parte mais operacional, coordenando equipe técnica, documentando processos, atendendo às necessidades da organização e executando planos e planejamento.
“Enquanto CTO, a minha responsabilidade não é nem saber quando é pra fazer a mudança ou não, mas desenvolver os sistemas como um todo, para quando for decidido fazer, ela seja o mais simples possível, com um custo mínimo possível. É preciso ter o cuidado durante o desenvolvimento do seu sistema, independente de como ele vai ser feito, de uma maneira que as coisas fiquem no mínimo acopladas e que o sistema aceite bem a mudança.”, explicou Rodrigo.
Responsável pelos processos e pela comunicação entre eles, os profissionais de TI coordenados pelo CTO, atuam em equipe no intuito de solucionar ruídos decorrentes de mudanças no sistema. E na área de tecnologia o que não falta é inovação. Por isso, a necessidade de novas ferramentas ocorre periodicamente.
Para Rodrigo,
“O bom software é um software que você pode mudar facilmente. A única certeza que a gente tem desenvolvendo um software é que as coisas vão mudar.”, completa.
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