O desafio da disrupção nas empresas tradicionais

O desafio da disrupção nas empresas tradicionais

A mudança de mindset pode transformar uma organização


A mentalidade tradicional de que a verticalização do negócio é a fórmula mágica para promover o crescimento permanente da empresa no mercado, partir da criação de novos produtos, desenvolvidos por meio de processos convencionais, tem sido enterrada junto com outras teorias mais antigas. Isso ocorre diante do novo cenário mundial, principalmente no que concerne os negócios e as indústrias, cada vez mais disruptivos.


A mentalidade tradicional de que a verticalização do negócio é a fórmula mágica para promover o crescimento permanente da empresa no mercado, partir da criação de novos produtos, desenvolvidos por meio de processos convencionais, tem sido enterrada junto com outras teorias mais antigas. Isso ocorre diante do novo cenário mundial, principalmente no que concerne os negócios e as indústrias, cada vez mais disruptivos.


Fases do mercado

A bem da verdade é que este movimento – em que especialistas vislumbram a  disrupção ou rompimento com as práticas convencionais de mercado – já vem ocorrendo desde os últimos 25 anos. Nesse tempo, podemos separar quatro fases principais.

Primeiro a ideia de que a inovação deveria ocorrer top-down – modelo vertical de gestão. Depois, em um segundo momento, as novas empresas começaram a atuar em mercados pouco atraentes para as grandes. 


Na terceira fase, inicia-se a criação de novos produtos e novas áreas de atuação, sem muita preocupação com os concorrentes tradicionais.


Até então se acreditava que esse processo aconteceria de forma gradual, possibilitando o ajuste das grandes marcas ao novo modelo. No entanto, nem àqueles mais visionários poderiam imaginar que o processo de criação e inovação fosse chegar a um ritmo tão veloz como se percebe.


Novos desafios

Para os estudiosos da área, atualmente vive-se a quarta e mais significativa Era da disrupção. E essa se materializa principalmente pelo surgimento das Startups. Ela que vem de todos os lados e não considera nem regras e nem limites da indústria convencional. Ademais, ela coloca em xeque a sobrevivência de marcas consolidadas, em detrimento da velocidade que as pequenas alcançam o topo, oferecendo novos serviços e produtos. A disrupção implica uma nova forma de pensar, de agir e de convencer pessoas, em mergulhar no desconhecido e explorar caminhos antes desconhecidos, com a coragem de quem está começando. Portanto, é um novo renascer.


Com base nisso, talvez o maior desafio, entre tantos, seja o de persistir, até porque, também será preciso investir, pensando no resultado a longo prazo.


Para chegar a esse patamar, as empresas precisam se distanciar da verticalização, da autopreservação e investir na inovação. Isso abrirá a sua mente e desenvolverá a capacidade de aprendizagem para implantar novas metodologias.
Conforme Silvia Silvia Folster, CEO da Cianet – companhia de Florianópolis (SC) que desenvolve e comercializa tecnologias e produtos para operadores de internet e TV há mais de 25 anos – o desafio vai além da disrupção:

“As empresas não se dão conta de como é desafiador nivelar as pessoas, entender como pode mudar esse mindset, é muito mais difícil do que eu imaginava e ao mesmo tempo muito mais gratificante o resultado que a gente consegue alcançar.”


Mudança de mindset

A empresa Cianet sofreu uma modificação radical em 2015, quando, ao observar o crescimento de 21,5% em 2015 na sua base de pequenos e médios assinantes, resolveu, por conta disso, dar início a um processo de inovação. Esse processo consistia em apoiar os clientes na profissionalização de sua gestão e dispor melhor seus investimentos em tecnologia e na expansão da base de assinantes.

“Por isso, para entender o momento de expansão do mercado e necessidade de novas tecnologias para os provedores se manterem competitivos é essencial. Dessa forma, conseguimos ajudá-los, implementamos um núcleo de inovação seguindo a metodologia de ‘Customer Development’, que foi disseminada na empresa por meio de times multidisciplinares”, explica Silvia.


O cenário está posto e não basta apenas decidir mudar metodologias de ação se for manter a mesma mentalidade organizacional. Portanto, a linearidade é um primeiro aspecto a ser deixado de lado em detrimento de um mundo de incertezas. Em relação às empresas tradicionais, essa mudança exige muito esforço tanto no âmbito financeiro como no humano.


Esta transformação do mindset significa a mudança de paradigmas, de configuração na forma de pensar o negócio, do clima e da cultura organizacional. A consequência disso é a adoção de atitudes diferentes e de busca pela inovação em todos os processos.


Não será fácil para uma empresa tradicional, adaptada a procedimentos convencionais inovar. Quando se fala em novidade, não se trata apenas de implantar novas tecnologias e substituir métodos, trata-se de abrir a mente para lidar com incertezas. Sim, porque esta é uma característica inerente ao novo contexto do negócio.


Ponto inicial

Por isso, esqueça os processos mecanizados. O momento exige ideias de inovação, e incentivo para atitudes que se somem a isso. Desse modo, ideia deve ser discutida mesmo que não seja implementada, e poderá vir de qualquer colaborador, independente de cargo de chefia ou liderança. Uma vez estimulado a pensar de forma não-linear, o funcionário será fator essencial para mudar o mindset organizacional.


As startups podem ensinar um pouco mais sobre isso, e foi precisamente isso o que Silvia fez, como CEO da Cianet:

“O ponto principal foi entender de metodologia, saber que existe metodologia, que aplicada, dá o resultado. Inovar não é uma coisa que é um critério, existe um processo estruturado, ele aparentemente é mais simples do que a gente imagina”, contou.

Além disso, de acordo com ela, buscar “know how” fora da empresa pode contribuir para implantar uma nova mentalidade na organização:

“A gente procurou a Semente Negócios, justamente por isso, para trazer um pouco mais de metodologia aplicada para dentro da empresa porque não basta ter o conhecimento, estudar, nivelar as pessoas, eu tenho que saber complicar. É fato que hoje a gente tem um nível de atendimento e de consumo bastante grande e que nos mantém muito bem, mas é exatamente isso que aconteceu, e eu acredito demais que aquilo que nos trouxe até aqui não vai nos levar da mesma forma, na mesma velocidade, com a mesma criatividade. Eu não acredito em empresas que não se recriam”, finaliza.


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