Cianet: Como aumentar receita com inovação dentro do próprio nicho

Cianet: Como aumentar receita com inovação dentro do próprio nicho

Investir em especialização pode ser a chave para o crescimento


A experiência de empresas recém-criadas, que alcançaram uma posição de destaque no cenário de negócios, como exemplo de inovação e uso criativo das novas tecnologias, nos leva a imaginar que elas trabalham com a universalidade dos clientes, sem se atentar para suas especificidades.


Mas esse pensamento cai por terra ao se analisar quantos produtos ou serviços elas oferecem e como a organização planeja ações para cada grupo de usuários e suas peculiaridades. O gigantismo delas faz com que abracem mais que seus nichos, mas a produção é realizada com o objetivo de atendê-los. Elas possuem grandes equipes voltadas a desenvolver solução e marca direcionada àquele público específico.


Talvez esse seja o segredo que deva ser seguido pelas tradicionais líderes de mercado que buscam manterem-se relevantes nesse panorama de inovação e mudança de mindset. O foco no nicho vai contribuir para um atendimento mais especializado e, por consequência, uma comunicação mais assertiva, em oposição a uma oferta generalista, que é pulverizada, e acaba se perdendo no decorrer do caminho.


Foco no nicho

Um segmento reúne clientes com as mesmas dores e interesses. Um nicho é um grupo menor, uma parcela dessa fatia, que ainda não foi explorado, ou, pelo menos, não o foi de forma adequada, com direcionamento específico, e olhar diferenciado. É a partir dele que virão as soluções para aprimorar o produto ou serviço fornecido.


Para atuar direcionado a este grupo é preciso conhecer a fundo as necessidades e desejos de cada nicho e procurar saber dele o que pode melhorar para atender de forma mais eficaz aquela demanda. E isso inclui a personalização, que não é só exigência de grupos, mas de todos os segmentos que usam as novas tecnologias para consumir.


Essa é uma estratégia que as grandes líderes de mercado não podem perder de vista. Uma vez que um maior investimento no nicho pode trazer resultados claros e palpáveis, estes poderão, inclusive, ser quantificados e traduzidos em novas ações de produtos e serviços. Além de soluções e possibilidade de exploração de novos mercados, que tendem a surgir a partir deles. 

Conforme Silvia Folster, CEO da Cianet – companhia de Florianópolis (SC) que desenvolve e comercializa tecnologias e produtos para operadores de internet e TV há mais de 25 anos – conhecer o cliente é a chave da nova postura que a empresa deve assumir.

“Trabalhar desenvolvimento do cliente é perguntar o que o cliente quer. Então, acho que ele vai me pedir uma funcionalidade a mais naquele produto. Mas ele nos dá outros problemas para os quais começamos a desenvolver novas soluções para o mercado”, concluiu.


Líderes e soluções

Por isso, não dá para se apegar à posição de mercado, muitas vezes, estável e consolidada, para não investir em inovação, especialmente focando nos nichos. O cliente é atuante e consciente do que pode lhe atender melhor. Na era da inovação e dos negócios em plataformas digitais, entender como se posicionar diante desse cenário vai determinar a imagem perante o mercado.

A experiência da Cianet, contada por sua CEO, é um exemplo de como atuar, a partir do conhecimento da necessidade do cliente e da apresentação de soluções para manter-se em posição estratégica no mercado. Além de estabelecer um processo de inovação, sem sofrer grandes declínios.

“Ninguém sabe o que é isso, quando se fala de dor do atendimento – hoje é muito caro o atendimento de suporte de primeiro nível. Então, quando se fala em outras formas de administração dessa rede é que a gente leva esse tema em que estamos trabalhando. Levamos cases com dores que a gente identifica e com o que a gente está desenvolvendo para solucionar. A gente cria muito mais credibilidade nesse mercado, a gente vende muito mais equipamentos”,


Inovação permanente

Portanto, inovar é preciso, urgente e necessário. Para entrar de vez no rol das grandes inovadoras, assumem-se as incertezas que essa mudança pode trazer, de olho num mercado consumidor exigente e planejado para aquele determinado consumidor do serviço.

Conforme Silvia, estar bem é estar em transformação permanente.

“Eu não acredito nas empresas que estão muito bem, que acham que vão permanecer para sempre dessa forma. Muito pelo contrário. Você está aqui no topo, você até parou de crescer e aumentou seu lucro. Isso significa que está investindo menos, e que a curva pode virar e você entrar nessa curva da morte”, concluiu.


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