As estratégias educacionais na pandemia e o uso de tecnologias

As estratégias educacionais na pandemia e o uso de tecnologias

A partir do momento em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o estado de pandemia causado pelo Covid-19, as escolas têm buscado estratégias educacionais, na tentativa de continuar o ensino, mesmo que à distância.

O que se percebeu, desde então, foram professores e educadores descobrindo formas criativas para se adaptar à nova demanda de trabalho.

Porém, é impossível negar que a pandemia prejudicou profundamente o ensino regular dos jovens, além do que, inúmeras escolas demoraram a aderir ao ensino remoto e outras, sequer, aderiram. 

Sem mencionar aquelas instituições que acabaram por ter que fechar suas portas, por não conseguir se manter diante da crise econômica gerada pela pandemia.

Em relatório divulgado pela UNESCO em dezembro de 2021, intitulado “The State of the Global Education Crisis: A Path to Recovery”, é possível a visualização de dados preocupantes em que crianças de diversos países perderam boa parte ou o ano letivo inteiro por conta do Covid-19.

Neste relatório, o Brasil foi citado como um país exemplo ao oferecer projetos de tecnologia inclusiva que permitiu a interação entre professores e alunos, um desses meios foi através do aplicativo WhatsApp, que já era utilizado pela grande maioria absoluta da população brasileira. 

Sendo assim, com o uso de tecnologias, foi possível desenvolver estratégias educacionais na pandemia para oferecer um sistema de aprendizagem à distância e diminuir o impacto do vírus na educação.

Neste artigo, apresentamos algumas estratégias educacionais criadas na pandemia para a utilização de tecnologias e as tendências para o futuro da educação do país.


Ferramentas tecnológicas que impulsionaram o compartilhamento de conteúdos

Podemos mencionar aqui o uso das tecnologias mais conhecidas, através de aplicativos gratuitos, como o WhatsApp e o Youtube. 

Com a utilização dessas ferramentas, muitos professores conseguiram se recuperar dos efeitos da pandemia e “abrir novamente suas portas”, mesmo que cada um em suas casas.

Acontece que, conforme o relatório da UNESCO, cerca de 1,3 bilhões de crianças em idade escolar não possuem acesso à internet em casa, sendo estes dados mundiais. 

Já no Brasil, de acordo com a pesquisa do Instituto DataSena, cerca de 26% dos alunos da rede pública e 4% de alunos da escola privada não têm acesso à internet para assistirem às aulas remotas.

Dessa forma, os professores precisaram contornar isso desenvolvendo conteúdos menores, vídeos curtos e objetivos e colocando uma maior incidência de tarefas escolares para esse percentual de alunos não desistir da sua alfabetização.

Além disso, vídeos mais atrativos e interativos podem ser a inovação que precisávamos para implementar a tecnologia na educação. 

Um ponto a se destacar é que, com o número cada vez mais elevado de estudantes vacinados, a inclusão do modelo híbrido começou a ser vantajosa para a maior parte da população e foi um meio de blindar os malefícios do impacto do Covid-19 .

Isso porque, o jovem também tem a necessidade de socializar com outros jovens e, assim, não prejudicar a saúde mental dessas crianças.

Sendo assim, é de extrema importância que os professores abordem, também, os aspectos emocionais da pandemia, para evitar as inseguranças e elevar a adaptação do ensino remoto ao presencial.

Automação escolar

A automação escolar virou um parâmetro a ser seguido após vivenciarmos a crise pandêmica do novo coronavírus.

Isso porque a população mundial percebeu que precisamos saber viver em um mundo social, mesmo que isolados uns dos outros.

Estratégias educacionais com o uso da tecnologia permitem uma atmosfera de conforto e inovação, exatamente o que os jovens precisavam desde o início da pandemia.

Além disso, a UNESCO, em 2021, divulgou outro um relatório junto ao MEC intitulado “Impactos da difusão da inteligência artificial (IA) na educação técnica de nível médio no Brasil”. Nele, fica claro a necessidade da incorporação de inteligência artificial no âmbito escolar.

Isso porque, um dos pontos primordiais do relatório, informa que a implementação da IA no ambiente escolar acaba por evitar que os jovens do futuro sejam excluídos do mercado de trabalho atualmente tão concorrido.

Assim, a pandemia nos provou a necessidade urgente de a educação passar por um processo de digitalização e automação muito maior. Permitindo que os estudantes acessem os temas das aulas através da internet ou com a ajuda de aplicativos e tecnologias como a inteligência artificial.

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