Vivemos em uma época em que o mercado está cada vez mais marcado pela competitividade. Esse cenário, no entanto, não deve ser visto com desânimo, e sim como uma oportunidade.
Manter a empresa alinhada com as novas tecnologias e conceitos é um grande diferencial competitivo, capaz de melhorar, em inúmeros aspectos a rotina do negócio, portanto, um dos caminhos obrigatórios a se tomar é investir em inovação.
Esse processo, porém, não é simples. Entender completamente o conceito de inovação em empresas e praticá-lo dentro da organização demanda tempo, dedicação e investimentos, mas que valem a pena e logo trazem resultados.
Porque é importante inovar?
Além dos aspectos operacionais, inovar significa também evoluir em termos de postura institucional, valorização e respeito com os colaboradores, bem como de métodos e formas de exercer o trabalho, o que impacta diretamente na produtividade, de maneira muito positiva.
No que tange à produtividade, podemos citar o papel das inovações em aspectos como a utilização de aplicativos de colaboração e automação de tarefas, que facilitam o trabalho e o tornam mais otimizado, trazendo resultados mais rápidos.
Por conta disso, atualmente, milhares de empresas no mundo já abraçaram a inovação e investem boa parte do lucro no desenvolvimento dos seus serviços e processos.
Porém, para aquelas que estão começando, surge aquela dúvida: por onde começar?
Recentemente, a nossa equipe teve a oportunidade de entrevistar o Bruno Loreto, que rege operações da Construtech Ventures, da Softplan. Ele é o responsável pela concepção e estruturação da unidade de corporate venture e venture builder da empresa, com foco em investir em startups com sinergia e potencial para gerar conhecimento estratégico e novas ofertas de produtos. Em outras palavras, ele é o braço de inovação da empresa.
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A Softplan é uma empresa que está no mercado já há 28 anos. Somando já uma equipe de 1800 colaboradores, atualmente ela atua nas áreas de justiça, governo e construção civil, mas nem sempre foi assim. Há apenas três anos, esta empresa se dedicava apenas à área de construção civil, e mesmo com o enorme sucesso do seu core business, que é um software de gestão para construtoras incorporadoras, hoje com 3.000 construtoras clientes no país, ela decidiu iniciar o processo de mudança no sentido de repensar o futuro. Foi quando ela conseguiu encontrar novas oportunidades de negócio que pudessem complementar o seu negócio e demonstrar novos caminhos de crescimento, o que aconteceu por meio do investimento em startups.
Quando questionado sobre de que forma a Softplan iniciou esse processo de mudança, e que dicas ele daria para empresas que estão partindo rumo ao mesmo destino, Bruno Loreto explicou o seguinte:
“Bom, eu vejo um caminho assim pra começar que pra mim é muito claro. Quando a gente começou lá atrás, o que mais me surpreendia era a quantidade de gente, de empresas que não tinha a mínima ideia do porquê começaram. Então acho que o primeiro caminho é encontrar essa resposta, o porquê começar, o que você quer, qual é a sua estratégia, seu objetivo? Então tendo isso claro – isso é uma coisa que a gente tinha muito claro lá atrás – então tudo fica mais fácil né?”
No caso da Softplan, o seu objetivo era encontrar novos negócios, novas oportunidades de negócio dentro da cadeia da construção que pudessem ter sinergia com o seu core ou não. Então foi proposto um modelo para encontrar novos negócios com alto potencial de crescimento, por isso o investimento em startups, o que deu super certo.
Desafios
Ainda, sobre os desafios encontrados nesse processo, Bruno elenca dois dos quais ele considera bastante importantes de serem considerados por quem está começando:
“Acho que um grande desafio pra você ter realmente um trabalho que perdure a longo prazo está ligado a cultura. Qual a cultura que você quer na sua organização? Porque eu acho que, no início, toda empresa quer inovar, não existe empresa que morre por não querer inovar. A questão é, como de fato ela consegue fazer as iniciativas perdurarem e isso passar e fazer parte da cultura da empresa.”
Como segundo grande desafio, Bruno explica que este está ligado ao fato de como essa cultura pode perdurar independentemente das pessoas.
“O normal dessas iniciativas é que elas estejam muito atreladas às pessoas envolvidas. Se uma pessoa sai, muda tudo, o projeto é descontinuado porque é uma surpresa, né? Grandes e médias empresas são cada vez mais movidas a métricas, objetivos, ciclos de planejamento estratégico. Isso faz com que muitas vezes o projeto de inovação não tenha continuidade porque quem entra às vezes muda tudo, vai pra uma outra direção ou não concorda com o caminho. Então conseguir que as estratégias perdurem independentemente das pessoas, eu acho que é uma grande dificuldade que toda empresa tem, sem dúvida alguma.”
Viu só? Empresas não deixam de inovar por falta de ideias. O grande problema que a maioria das organizações enfrenta é a falta de um processo bem definido para gerar inovação.
Quando há um caminho definido para se seguir, as ideias, que podem estar voltadas a atingir objetivos como gerar resultados em forma de lucro, redução de custos das operações ou aumento de valor para os clientes, logo poderão ser postas em prática.
A ideia é somente a primeira etapa do processo de inovação em empresas. Este momento demanda também uma série de competências tecnológicas, mercadológicas e gerenciais. Pensando nisso, e sabendo dos desafios de implementar políticas de inovação na sua empresa que você deve encontrar pela frente, foi que separamos algumas dicas para ajudá-lo a iniciar este processo:
Identificar e entender o cenário atual
Nesta fase, é preciso identificar quais problemas podem ser resolvidos com inovações e o que pode ser criado para antecipar a empresa no mercado. Esse é um bom momento para conversar com especialistas, com sua equipe, e de entender as experiências dos usuários do produto ou serviço. É a partir da observação de um problema ou oportunidade que você gera inovação.
Brainstorming
Após identificar quais são os problemas ou oportunidades que deverão ser atacados pela inovação, é chegada a hora da geração de ideias. Para que essa etapa seja produtiva, são recomendáveis técnicas como brainstorming, associação de ideias e design thinking. O ideal é encontrar a ferramenta que sua equipe mais se sinta à vontade para gerar o maior número possível de ideias, partindo de pessoas que conhecem de fato a realidade da empresa.
Selecionar as melhores ideias
Assim que forem ajustadas, as ideias devem ser transformadas em uma proposta de projeto. Uma dica aqui é motivar os colaboradores a apresentarem as suas ideias. Isso, além de aumentar o engajamento e sentimento de pertencimento à organização, é uma atitude estratégica uma vez que, no momento que a ideia virar um projeto de fato, são eles que o ajudarão a colocá-la em prática.
Colocar as ideias em prática!
Depois que forem escolhidas as melhores ideias, os conceitos de inovação devem ser criados utilizando critérios e métodos de gestão de projetos. O agora é transformar as ideais em um protótipo que possa ser testado e aplicado.
E então, o que você achou da ideia de iniciar um processo de inovação na sua empresa? Deseja seguir esse caminho ou saber mais sobre o assunto? Preencha nosso formulário e tire todas as suas dúvidas com um dos nossos consultores!