O MVP, do inglês, Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável), é uma prática de administração que permite que um produto ou serviço seja lançado com o mínimo de funcionalidades possível, que resolva um problema real, para que ele possa ser testado pelos clientes e validar a hipótese do problema que ele pretende resolver..
Se trata de uma versão mínima do produto ou serviço, onde nele, são colocados somente os elementos básicos para que possa funcionar de acordo com o que se propõe.
É um tipo de abordagem que tem sido muito utilizada pelas empresas de inovação e de software, pois funciona como um teste para que eles possam fazer os ajustes necessários antes de fazer um alto investimento no projeto.
Com o MVP é possível testar além da sua funcionalidade, também sua aceitação no mercado, a concorrência, a usabilidade, entre outros.
Após esta etapa, aí então ele volta para ser desenvolvido e aprimorado de acordo com as necessidades que foram detectadas com os feedbacks colhidos com os clientes.
Isso traz mais segurança para os investidores do projeto, pois quando ele é lançado após os testes, ele possui uma margem mais segura de aceitabilidade e de sucesso no mercado.
Explicando o MVP
Uma boa analogia para explicar MVP, que ouvi de um ótimo mentor, é: o produto final para cortar uma grama talvez seja uma máquina de cortar sofisticada, mas o MVP pode ser a tesoura de cortar grama.
A tesoura talvez não seja a melhor ferramenta de trabalho para cortar um grande campo, mas traz a experiência para o usuário para solucionar a dor dele: cortar grama.
Porém, agora a gente se depara com algo um pouco mais complexo. Todos sabem o significado, defendem o significado, mas quando é a vez de fazer o seu MVP, o conceito real simplesmente some, é comum ouvirmos algo como:
“Preciso entregar o melhor no mercado”; “Sem isso minha solução não vai tracionar”; “Ninguém vai enxergar valor em entregar uma plataforma assim”; “Minha empresa tem um nome para preservar”.
Estes são argumentos que são ouvidos tanto nas ações na comunidade empreendedora pelo Brasil como na atuação com a UBISTART.
Isso acontece porque as pessoas ainda acreditam que somente projetos com um alto valor de investimento, podem conquistar a preferência do seu público alvo, porém, o que eles procuram são produtos que a atendam às suas necessidades reais, que realmente funcionem, e que sejam diferentes do que já existe no mercado, e este é o papel do MVP.
Evite o “máximo” produto viável
Quando se fala da UBISTART, pensem no nosso desafio diário de conseguir explicar para nossos clientes que estão indo muito além de um MVP. Já falamos de atrasos em outro post, citando o que afeta o cronograma de entrega de projetos de software. E um dos motivos que ajuda nisto é justamente o MVP.
Por isto que colocamos uma fase antes de desenvolver o software para mapear as funcionalidades dos projetos (a consultoria/pré-projeto). E sim, atendemos muitos projetos que deveriam ser mínimos produtos viáveis no discurso de fechamento, mas quando começamos a trabalhar com o cliente, viram máximo produtos viáveis.
O nosso desafio é sempre trabalhar com estes três pilares (comunicação, transparência e processos) para mostrar claramente para o cliente que a solução de 2 meses estava virando um projeto de quase 8 meses.
Unindo estas três áreas conseguimos mostrar em todas interações desta etapa de consultoria que a solução está fugindo da curva inicial e levantamos a bandeira amarela para o cliente e trabalhamos para retornar ao foco inicial.
“O nosso desafio é construir um backlog (escopo de projeto) em que atenda a demanda do cliente na medida da necessidade, sem mais e nem menos”.
Dica extra
Sabemos que é difícil nos contermos quando falamos de o que queremos entregar no mercado. Sempre queremos mais e mais e entregar um diamante lapidado. Porém, contar com um ator externo para avaliar o avanço de seu projeto pode de fato ajudar muito.
Para as startups que estão em suas fases de validação de negócios, podem contar com mentores e uma série de iniciativas.
Convencer as empresas a trabalharem com o MVP, pode ser um grande desafio no início, porém, a medida que eles vão conhecendo como este mecanismo de trabalho funciona, e nos rende bons resultados, as portas vão se abrindo, mudando toda a realidade de maneira positiva de um projeto.
O conceito de MVP, vem sendo cada vez mais utilizado pelas empresas de tecnologia e startups, isso, porque este método apresenta bons resultados e uma maneira inovadora de viabilizar um projeto de sucesso no mercado, tendo em vista que os investimentos feitos tendem a ser mais seguros após a MVP. Se você se interessa por projetos de software, não deixe de ler o artigo Como tirar o seu projeto de software do papel.