Um maior número de profissionais no time de squad leva a um resultado mais ágil? Descubra com Diana Guimarães, Gerente de Inovação Social na Natura.
Squads são times multidisciplinares reunidos em torno de um projeto com capacidade de resolução de problemas. Eles estão estruturados como uma espécie de startup, no quesito inovação e uso das novas tecnologias, para entregar resultados satisfatórios, frente a dores encontradas.
Diferente do antigo formato hierárquico e verticalizado encontrado em empresas tradicionais, a proposta dos squads é trabalhar em conjunto para dar agilidade ao projeto. Nessa perspectiva, o líder não é mais aquele chefe que toma as decisões de forma unilateral. Aqui ele existe para enfrentar gargalos junto com a equipe, direcioná-la e levar ao time uma visão do todo.
Em um dos nossos mais recentes episódios do CorpUp Talks tivemos a oportunidade de entrevistar Diana Guimarães, Gerente de Inovação Social na Natura, onde lidera projetos com foco na melhoria do desenvolvimento humano das Consultoras Natura e da rede da Natura no Brasil. Nessa entrevista, ela nos contou um pouco sobre o movimento de inovação social na companhia, e nos falou também sobre a formação dos times (squads) e de que forma são conduzidos os projetos na empresa.
Veja esta entrevista na íntegra.
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“A gente fica também com essa visão do todo e garantindo que as coisas estão caminhando, e tem troca de aprendizado. Toda semana, a gente fica muito mais nesse lugar: garantindo que está fluindo. Eu brinco que eu fico tirando do caminho os obstáculos e permitindo que o time avance no ritmo dele”, explica Diana.
Outro ponto importante, na dinâmica dos squads, é o compartilhamento de responsabilidades. Não existe o conceito de “fui eu quem fiz”, o resultado e os erros são de responsabilidade do grupo, por isso, os objetivos de cada profissional devem estar alinhados às metas da empresa.
Em organizações tradicionais, essa transformação exige uma mudança de cultura, o que pode acabar comprometendo a implantação desse modelo, já que ele começa com a decisão de implantar uma estrutura de um laboratório para o desenvolvimento em inovação. A partir disso, se formam as equipes multidisciplinares e são definidos os papéis de cada profissional em determinada iniciativa.
Diana explicou um pouco como foi o processo de chegada do lab na Natura.
“A gente aprovou com nosso vice-presidente a estrutura do lab e como ele funcionaria. Depois, combinamos com ele que pediríamos mais desculpas que permissão e em alguns processos conseguimos quebrar as burocracias. Isso é muito simbólico porque estamos falando de uma empresa gigante, a Natura é muito grande, tem muitos processos, muitos comitês, toda decisão aqui é muito compartilhada”, contou.
Esses times são formados por profissionais de diversas áreas e perfis em torno de um único objetivo de desenvolver soluções em equipe. Os times têm quantidade variada de profissionais, dependendo do projeto para os quais são compostos, mas segundo Diana, compreender quantos e quais deles vão integrar o squad é o primeiro desafio do processo.
“A gente não tinha um squad oficial, a gente montou um time exclusivo focado só nos testes que estávamos fazendo aqui dentro do Movimento Natura. Grandes times de trabalho multidisciplinares comprometiam muito o propósito da entrega final. Entendemos então, que times grandes não dão certo”, constatou.
Os times podem existir para cada tipo de iniciativa. Na Natura, o squad de teste tem realizado um papel importante. A ideia é buscar um grupo que aplique o projeto já validado pelo laboratório, detectando os “nós” que a impedem ou dificultam o resultado final. Seja qual for o projeto: um produto, uma dor ou um sistema, o importante é montar um time coeso que busque conversar para achar os gargalos.
“Quando a gente chega à conclusão de qual teste que a gente vai fazer e qual a solução que a gente vai testar, chamamos a pessoa do time daquela área que provavelmente será a área de quando o teste for validado. Se for validado ela vai escalar. A pessoa que participa desde o começo do time está muito engajada, e vai conseguir implementar isso com velocidade, e com mais agilidade também”, contou.
Portanto, essa tribo está trabalhando dentro de um laboratório de desenvolvimento de inovação e soluções criativas e, constantemente, realizam testes com clientes ou mesmo com profissionais técnicos para detectar nós que devem ser corrigidos. Por ser uma função bem específica, exige pessoas capacitadas e com perfil para atuar nessa observação.
Os squads podem possuir quantas pessoas forem necessárias para atender a determinada iniciativa. O mais importante, no entanto, é que elas consigam dar agilidade ao processo de entrega final, com eficiência. Diana, que inicialmente formou equipes maiores, hoje trabalha com seis pessoas.
“Tenho seis pessoas no time. Dedicado ao laboratório são três e a gente forma de acordo com a demanda de cada uma das iniciativas, então são só três pessoas focadas no laboratório, o restante a gente vai formando os times de acordo com a iniciativa”, disse.
Como se pode ver montar um squad de testes exige uma vontade da empresa em investir em espaços adequados e profissionais qualificados. Transformando toda uma cultura hierárquica e verticalizada que se instalou ao longo dos anos. A inovação tecnológica, o entanto, é um caminho sem volta, que permite às organizações entrar de vez no mundo dos campeões em bons resultados.
Quer aprender a implementar uma mudança como essa na sua empresa? Está em fase implantação de um laboratório, mas tem dúvidas sobre a formação do seu time de squad? Entre em contato para mais informações e continue nos seguindo para mais conteúdos como esse.