Quando falamos de desenvolvimento de software e as possibilidades de contratação, normalmente ficamos em dúvida sobre o melhor caminho a seguir para desenvolver o projeto que desejamos.
Pelas possibilidades que o mercado nos dá, acabamos tendo incertezas se o caminho que escolhemos é o mais seguro, rápido e acessível financeiramente. Caso queira entender sobre contratações no modelo de terceirização, em outro post fizemos uma explicação entre as diferenças de um freelancer, agência digital e empresa de software, somada a estimativas de custos de um projeto de software. Ler blog post.
Diferença entre equipe interna e empresa de software
O foco deste blog post está em explicar as vantagens e desvantagens entre o modelo de equipe interna ou a contratação de uma empresa especializada no desenvolvimento de software. Não iremos abordar sobre freelancer e agências digitais.
A empresa de software é o modelo ao qual mais se assemelha ao de uma equipe interna de desenvolvimento, pois possui uma equipe multidisciplinar para atender um projeto mais robusto/complexo. Podendo ter em seu time:
- Analista de Negócios: interagir com o cliente para entender suas demandas e regras de negócio, a fim de passar posteriormente para a equipe em formato de demandas técnicas;
- Líder técnico: profissional de TI sênior que direciona as tecnologias e conhecimentos da equipe, além de interagir com o Analista de Negócios para quantificar as necessidades do cliente;
- Gestor de Projetos: responsável por manter a entrega de acordo com o combinado, removendo qualquer impeditivo para que o projeto tenha êxito;
- Designer UX/UI: profissional responsável em desenvolver o layout da solução e construir a experiência de usuário;
- Desenvolvedores: equipe de desenvolvimento, podendo variar entre dev-ops, back-end, front-end e mobile;
- Analista de Qualidade (QA): profissionais que irão realizar os testes na plataforma para identificar se as regras de negócio estão atendidas e verificar se há algum bug a ser resolvido.
Agora que temos uma relação de perfis que podem atuar em um projeto, ficará mais fácil entender vantagens e desvantagens entre o modelo de terceirização e equipe interna.
Equipe interna: CULTURA
A vantagem mais evidente no nosso ponto de vista em possuir uma equipe interna é a cultura. Os profissionais estarão 100% imersos na empresa, absorvendo o dia a dia dela e seus avanços.
Estar no dia a dia também possibilita um controle de atividades mais elevado, quando se trata de micro gerenciamento. Em que a empresa poderá estabelecer seus processos internos e aplicar nestes profissionais. Diferente de uma empresa parceira/terceirizada, em que o cliente/contratante normalmente não irá interferir nos processos de desenvolvimento estabelecidos pela empresa contratada.
Porém, claramente vemos que estruturar uma equipe como aquela listada acima tem um investimento bem elevado. Se o projeto tem um data de início e fim, podendo ser de 4 a 12 meses, normalmente, possuir uma equipe interna pode ser muito arriscado. Afinal, há uma curva de aprendizado da equipe e os custos de desligamento no final do projeto podem ser bem elevados e prejudiciais para o fluxo de caixa do negócio.
Funcionários de carteira assinada, independentemente de sua posição, devem receber seus direitos conforme manda a lei: 13º salário, férias, abono salarial, dissídio coletivo quando for o caso, descanso remunerado, dentre outros.
Empresa de Software: MATURIDADE NA ENTREGA
Além do que comentamos anteriormente (projeto curto, não compensa equipe interna), um dos motivos que grandes empresas (mesmo com projetos mais longos) contratam Software Factories, é o conhecimento intelectual e a capacidade de alocação de recursos que estas empresas já possuem.
Por seu negócio ser exclusivamente desenvolvimento de software sob demanda, seus processos são muito bem definidos e os atores já possuem muita maturidade. O que proporciona uma velocidade de entrega muito boa para os projetos.
Outro ponto interessante para terceirização de software é a flexibilidade nas contratações, pois, afinal, acabou o contrato, se decide se vai continuar ou não, sem multa, sem prejuízos de desligamento. Além do que, por possuir uma equipe multidisciplinar, possibilita mudanças de escopo de forma muito ágil durante o desenvolvimento.
A desvantagem neste modelo acaba sendo o custo mais elevado de investimento caso a empresa tenha projetos contínuos durante um período maior, ou seja, produtos a serem desenvolvidos continuamente (no cenário ideal, onde a empresa consegue ter uma performance elevada com sua equipe interna).
Porém, como comentado anteriormente, mesmo assim, empresas preferem contratar fábricas de software por não precisar se preocupar na gestão de RH da equipe e a qualificação intelectual dos profissionais, focando apenas em cobrar as entrega conforme o escopo acordado.
Afinal, o que escolher?
No blog post indicado na introdução você encontrará boas dicas e exemplos de investimentos com um software personalizado com uma Software Factory, mas para ajudar, vamos colocar alguns possíveis cenários para serem observados e facilitar um entendimento para decisões.
CENÁRIO 1
Tenho/trabalho em uma empresa já consolidada no mercado e encontrei uma nova oportunidade de negócio com uma plataforma digital (podendo ser um novo produto, automação de processos ou até um novo canal de comunicação com os clientes). Não possuo equipe de desenvolvimento e nem muita experiência neste mercado. Quero criar uma versão inicial desta plataforma para avaliar o potencial de mercado dela.
Resposta: Terceirização com Software Factory, pois como é um projeto pontual e a empresa ainda precisará de um apoio sobre viabilidades, este modelo irá apoiar a empresa nas melhores decisões.
CENÁRIO 2
Sou um funcionário em uma empresa, mas tenho o desejo de sair desta empresa e criar um negócio com uma ideia de nova uma plataforma que identifiquei. Não tenho experiência com software e estou em busca de investimento.
Resposta: Procure um sócio técnico ou um freelancer. Não será nem equipe interna ou Software Factory para agora (valor de investimento muito elevado). Neste momento é melhor você errar (caso erre, claro) com pouco investimento.
CENÁRIO 3
Sou uma empresa de software com um produto específico, mas meus clientes me pedem muitas soluções customizadas e isto afeta a produção da minha equipe interna de desenvolvimento para os projetos estratégicos.
Resposta: por mais que este modelo de empresa já tenha uma equipe interna, esta pode procurar uma Software Factory para ser seu braço de desenvolvimento para momentos de gargalo de demanda. Afinal, são demandas pontuais.
CENÁRIO 4
Sou uma startup e tenho demandas contínuas de software. Já recebi investimento e tenho uma solução no mercado. Sei exatamente onde quero chegar e o que preciso desenvolver. Tenho um CTO (Diretor de Tecnologia) que sabe fazer muito bem a gestão interna de uma equipe.
Resposta: Evoluir com uma equipe interna é o melhor cenário. Pois é o momento de criar cultura e processos internos.
CENÁRIO 5
Sou uma startup, já fiz minha solução inicial, validei no mercado. Porém, agora preciso algo muito mais maduro e que valorize o potencial que posso chegar.
Resposta: neste caso, a startup pode ir para uma equipe interna, tendo que passar pela curva de aprendizado, ou pode contratar uma Software Factory para fazer sua nova plataforma mais tecnológica e robusta de forma pontual e depois passar o bastão para uma equipe interna.
Estes cenários são alguns exemplos que a empresa em que atuamos (UBISTART) já lidou. Sempre pensamos no melhor para o potencial cliente que chega para conversar conosco e identificar oportunidades reais.
Se vemos que o potencial cliente ainda não está preparado para o desenvolvimento conosco ou até é preferível uma equipe interna, direcionamos eles para este cenário. Afinal, sucesso é quando os dois lados claramente ganham!
Gostou do modelo Software Factory? Você pode conferir nosso outro blog post falando das vantagens mais detalhadas desde modelo clicando aqui ou você também pode preencher o nosso formulário para marcarmos um bate papo!